Talkin' about love is like dancin' about architecture... but it ain't gonna stop me from trying.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

An emotional Heimlich

Mischa Barton e Ben McKenzie (Marissa e Ryan em The O.C.)

De vez em quando, há abraços que são dados sem ter os braços em redor de alguém. Uma palavra, um olhar, ou mesmo uma carta escrita a quilómetros e quilómetros de distância surtem o mesmo efeito.

Um abraço sem ter os braços em redor de alguém, mas envolvendo essa pessoa com toda a força do nosso ser.

Mesmo sem sentir aqueles braços envolvendo-me fisicamente, este "abraço metafórico" surtiu o mesmo efeito: um sentimento bom e quente cá por dentro.

Porque há dias em que tudo o que precisamos é saber que há coisas que nunca hão-de mudar. E a nossa amizade é uma delas.

sábado, 26 de maio de 2012

A warm embrace

(d'O Alfaiate Lisboeta)
Numa miríade de dias menos bons, um dia de Sol esplendoroso (não só no céu, mas cá por dentro) até assusta. Relembrar o que é a felicidade, a insustentável leveza do ser quando, subitamente, tudo aparenta tomar o caminho certo. Voltar a relembrar como é bom sonhar.

Mas, um dia apenas, por bom que seja, não apaga os problemas, as tristezas, os medos e as saudades.

Há momentos estranhos. Em que sentimos tudo e não sentimos nada; em que parece que, por mais felizes que estejamos com o que temos à nossa volta, nos continua a faltar algo. Em que andamos estando parados, porque não sabemos ao certo como seguir em frente.

E hoje, pelas primeiras horas da manhã, quando desliguei o despertador por engano e adormeci por mais 10 minutos, o meu subconsciente fez questão de me indicar o que me faz falta, num sonho que julgara já esquecido: um simples abraço.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mind tricks

Michelle Dockery e Dan Stevens (Lady Mary e Sir Matthew Crawley em Downton Abbey)

E, ao dizer-lhe adeus, o tema que a minha mente escolheu para tocar como música de fundo era da Dido - My Lover's Gone. Apesar de nunca o termos sido.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Filosofia de sofá II (ou, melhor dizendo, Filosofia de Acção de Formação)

Ellen Page
A empresa  reuniu os coleguinhas para uma Acção de Formação; e, seja devido à grande dose de tédio ou à estupidificante fase de carência extrema pela qual estou a passar, dei por mim a observar as costas dos meus colegas do sexo oposto que se encontravam nas filas de cadeiras à minha frente.

(Um pequeno aparte: não deixa de ser bastante engraçado fazer este género de exercício. A beleza está só no rosto ou nem por isso?)

Enquanto me entretinha deste modo particularmente parvo, comecei a reparar num rapaz em especial: um cabelo lindo, ombros largos, o fato de bom corte ao corpo. Comecei a tentar perceber qual dos meus colegas era aquele; porque, realmente, elementos do sexo oposto que sejam interessantes é coisa que escasseia pela minha empresa. Pouco depois, o rapaz levanta a mão para partilhar uma opinião com o orador - e, ao reconhecer a voz, o meu estômago manifesta-se.

O rapaz - aquele do cabelo lindo, dos ombros largos, envergando o fato de bom corte ao corpo, era só e apenas um dos seres mais execráveis que já tive o desprazer de conhecer. Idiotazinho que até dói, machista e de vistas bem curtas, sem conversa nenhuma de jeito e - cereja no topo do bolo - com uma cara bem feiinha.

Isto tudo para dizer: nem tudo o que luz é oiro - e nunca devemos julgar um livro pela capa. E pela contracapa também não.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

The dandelion in the Spring


(de weheartit.com)
Sempre adorei o Inverno. A chuva. O tempo escuro. O frio e o vento. Desde que me lembro que sou uma pessoa do Inverno, que “sou como o tempo” e que o céu cinzento de Londres é o meu sonho supremo.

Mas estou cansada disso. Estou cansada do Inverno. Já me chega de tempo escuro, chuva e ventania.

Do que eu preciso agora é do primeiro dente-de-leão da Primavera*


*(e sim, é uma referência à trilogia Jogos da Fome)