Por uma raríssima vez, ela apanhou todos os semáforos verdes a caminho de casa. E, com um suspiro profundo, ela não conseguiu impedir-se de ver tal acaso como um bom presságio: tudo iria correr bem.
Talkin' about love is like dancin' about architecture... but it ain't gonna stop me from trying.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Só um momento
Com muito pouco descanso e uma necessidade enorme de dormir, fico aqui. Sem saber muito bem porquê, sem perceber de todo porque não me levanto e vou para a minha cama, que já chama por mim.
É que neste dia muito, mas mesmo muito complicado, no meio de tantos sentimentos negativos... Há uma parte de mim que se sente profundamente grata por ter cometido a tontería mais recente. Porque essa tontería, apesar de o ter sido, acabou por me proporcionar o melhor momento deste dia caótico.
E isso ninguém me tira.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Tonterías
Não gosto quando mais parece que perdi completamente o juízo e tenho momentos de absoluta paragem cerebral.
Depois fico a passar vezes e vezes sem conta o acontecimento na minha cabeça, sem querer acreditar que fui tão parva e que não me deixei estar quietinha no meu canto.
(Não devia ter falado com ele. Muito menos da maneira insegura, à menina colegial, como falei).
Sou ridícula.
Um pequeno conselho...
Nunca, mas nunca façam trabalhos manuais com outra pessoa num ambiente de descontracção e total liberdade de espírito.
Regra geral, dá sempre mau resultado. E não me refiro a acidentes físicos, do estilo de cortar um dedo com um x-acto ou espetar um lápis afiado em local indevido. Não. Os acidentes a que me refiro são de outro nível.
Trata-se de todo um outro desenho.
Trata-se de todo um outro desenho.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
De outra época
Em dias menos bons, gosto de ir ao café ao fundo da rua, tirar cinco minutos para me desligar do meu mundo e observar o Mundo em meu redor. A beber a minha bica, naquele ambiente muito próprio de um café que existe há décadas.
Faz-me sentir bem quando passo as portas daquele café e parece que entro noutra época. Numa época em que ainda existia cortesia e boa-educação, maneiras polidas e um "bom dia" bem disposto, ou um "menina" ou "senhora" (curiosamente, gosto mais quando me tratam pelo primeiro). Em que um "Diga" arranhado é substituído por um "Que vai desejar?" e um olhar nos olhos.
Um sítio em que as pessoas se conhecem, em que os clientes são clientes há anos, em que histórias são trocadas; um sítio em que, talvez a um nível muito reduzido e escasso, um sentimento de bairro local e de comunidade ainda vai persistindo no meio de uma cidade cada vez mais impessoal e egocêntrica.
Em dias menos bons, gosto de me relembrar que nem todo o Mundo, nem o meu nem aquele à minha volta, é preenchido por pessoas pouco dignas. Em dias menos bons, gosto de me recordar que em todo o Mundo, no meu e naquele à minha volta, ainda há pessoas com coração.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Talvez
Zooey Deschanel |
Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe acaricia os cabelos quando ela está doente. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe dá a mão quando ela tem medo. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe promete que tudo vai ficar bem, quando tudo parece mais negro. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe compra chocolates quando ela está com o período. Nunca fui a rapariga que sabe que, independentemente da gravidade do que aconteça, sabe que pode sempre contar com o namorado para desabafar. Nunca fui a rapariga que tem um apoio certo, seguro e a salvo de tudo o resto.
Talvez por isso tenha acabado por me tornar tão forte. Talvez por isso, por vezes, me sinta tão cansada e decepcionada perante a vida. Talvez por isso seja mais independente do que pareço à primeira vista. Talvez por isso tenha aprendido a cuidar de mim, por mim própria, comigo própria e com mais ninguém. E, talvez por isso, quando eventualmente um dia tiver esse apoio certo, seguro e a salvo de tudo o resto, lhe saiba dar o devido valor, ao contrário de muita gente que é incapaz de ver que tem o melhor do Mundo mesmo à sua frente.
(E talvez por isto tudo também me dê fornicoques quando penso que existe um dia marcado para expressar o nosso amor por alguém. Muito sinceramente, se é preciso um dia para o expressarem… então não é Amor).
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