Anne Hathaway |
Lembro-me bem da sensação que tive quando não andava à procura de algo (ou alguém), quando não acordava todos os dias a pensar numa pessoa em específico, quando tinha sido essa pessoa o meu último pensamento antes de adormecer.
Sei bem como é não sentir o coração agarrado a algo (ou alguém), um desejo jamais realizado, uma esperança efémera, um querer desmedido numa incessante procura que nunca alcança o seu objectivo. A leveza de uma pena no peito.
Gosto de como me sentia tão eu, tão verdadeira a mim mesma e tão completamente eu só, sem pensar em alguém como uma outra parte de mim, sem sentir também meus planos, desejos, gostos e ideais de outrem - nem que fosse em parte apenas.
É para onde caminho agora. É isso que procuro neste momento: voltar a mim, a mim só, sem procurar ou desejar algo (ou alguém) que não consiga alcançar por mim apenas. Deixando-me levar pela vida, fazendo a minha vida - vivendo a minha vida, na verdadeira acepção da palavra. Ainda não estou lá - aliás, sinto-me bastante distante.
E o que me leva um pouco da minha sanidade a cada dia que passa é somente este limbo de querer empurrar-me em frente rumo ao meu caminho, quando tenho de arrancar do coração o que insiste em lá ficar, num caminho que é o dele - e jamais o meu.
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