Talkin' about love is like dancin' about architecture... but it ain't gonna stop me from trying.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O tempo tem quanto tempo o tempo tem...

Jennifer Lawrence
Sabem aquela sensação de que o tempo nunca mais passa, quando queremos que o chá arrefeça, quando estamos cheios de fome, quando somos crianças e queremos crescer,  quando estamos a fazer uma viagem e só queremos chegar ao destino? E o chá que continua a escaldar-nos os lábios, a comida que nunca mais está pronta, o marco dos 18 anos que nunca mais chega, a estrada que continua, continua e continua, interminável - e não há meio de chegarmos onde queremos chegar?

E sabem como, subitamente, o chá já está frio sem sabermos bem como, a comida chega e desaparece num ápice, já temos 25 anos e nem demos por ela - e o tempo que não pára, que segue a uma velocidade estonteante? E a estrada que continua, sem parecer já interminável - mas mantendo exactamente o mesmo nível de curvas e ruas sem saída, sem termos ainda chegado onde queremos chegar.

É assim que me sinto.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

An emotional Heimlich

Mischa Barton e Ben McKenzie (Marissa e Ryan em The O.C.)

De vez em quando, há abraços que são dados sem ter os braços em redor de alguém. Uma palavra, um olhar, ou mesmo uma carta escrita a quilómetros e quilómetros de distância surtem o mesmo efeito.

Um abraço sem ter os braços em redor de alguém, mas envolvendo essa pessoa com toda a força do nosso ser.

Mesmo sem sentir aqueles braços envolvendo-me fisicamente, este "abraço metafórico" surtiu o mesmo efeito: um sentimento bom e quente cá por dentro.

Porque há dias em que tudo o que precisamos é saber que há coisas que nunca hão-de mudar. E a nossa amizade é uma delas.

sábado, 26 de maio de 2012

A warm embrace

(d'O Alfaiate Lisboeta)
Numa miríade de dias menos bons, um dia de Sol esplendoroso (não só no céu, mas cá por dentro) até assusta. Relembrar o que é a felicidade, a insustentável leveza do ser quando, subitamente, tudo aparenta tomar o caminho certo. Voltar a relembrar como é bom sonhar.

Mas, um dia apenas, por bom que seja, não apaga os problemas, as tristezas, os medos e as saudades.

Há momentos estranhos. Em que sentimos tudo e não sentimos nada; em que parece que, por mais felizes que estejamos com o que temos à nossa volta, nos continua a faltar algo. Em que andamos estando parados, porque não sabemos ao certo como seguir em frente.

E hoje, pelas primeiras horas da manhã, quando desliguei o despertador por engano e adormeci por mais 10 minutos, o meu subconsciente fez questão de me indicar o que me faz falta, num sonho que julgara já esquecido: um simples abraço.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mind tricks

Michelle Dockery e Dan Stevens (Lady Mary e Sir Matthew Crawley em Downton Abbey)

E, ao dizer-lhe adeus, o tema que a minha mente escolheu para tocar como música de fundo era da Dido - My Lover's Gone. Apesar de nunca o termos sido.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Filosofia de sofá II (ou, melhor dizendo, Filosofia de Acção de Formação)

Ellen Page
A empresa  reuniu os coleguinhas para uma Acção de Formação; e, seja devido à grande dose de tédio ou à estupidificante fase de carência extrema pela qual estou a passar, dei por mim a observar as costas dos meus colegas do sexo oposto que se encontravam nas filas de cadeiras à minha frente.

(Um pequeno aparte: não deixa de ser bastante engraçado fazer este género de exercício. A beleza está só no rosto ou nem por isso?)

Enquanto me entretinha deste modo particularmente parvo, comecei a reparar num rapaz em especial: um cabelo lindo, ombros largos, o fato de bom corte ao corpo. Comecei a tentar perceber qual dos meus colegas era aquele; porque, realmente, elementos do sexo oposto que sejam interessantes é coisa que escasseia pela minha empresa. Pouco depois, o rapaz levanta a mão para partilhar uma opinião com o orador - e, ao reconhecer a voz, o meu estômago manifesta-se.

O rapaz - aquele do cabelo lindo, dos ombros largos, envergando o fato de bom corte ao corpo, era só e apenas um dos seres mais execráveis que já tive o desprazer de conhecer. Idiotazinho que até dói, machista e de vistas bem curtas, sem conversa nenhuma de jeito e - cereja no topo do bolo - com uma cara bem feiinha.

Isto tudo para dizer: nem tudo o que luz é oiro - e nunca devemos julgar um livro pela capa. E pela contracapa também não.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

The dandelion in the Spring


(de weheartit.com)
Sempre adorei o Inverno. A chuva. O tempo escuro. O frio e o vento. Desde que me lembro que sou uma pessoa do Inverno, que “sou como o tempo” e que o céu cinzento de Londres é o meu sonho supremo.

Mas estou cansada disso. Estou cansada do Inverno. Já me chega de tempo escuro, chuva e ventania.

Do que eu preciso agora é do primeiro dente-de-leão da Primavera*


*(e sim, é uma referência à trilogia Jogos da Fome)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Da antecipação e da realidade

Eric Christian Olsen (Marty Deeks, em NCIS: Los Angeles)
Pensei que ia terminar o dia de hoje com lágrimas a jorrarem-me dos olhos incessantemente, aos soluços descontrolados e com o coração muito, muito pequenino. Afinal, este dia, que eu tão acerrimamente temia, trouxe-me uma calma que há muito não conhecia.

A vida tem destas coisas.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Filosofia de sofá (ou como um simples gesto num jogo do Benfica faz a minha mente divagar)

David Luiz e Maxi Pereira (Chelsea x Benfica, 04 Abril 2012)
Quando esta noite, no jogo do Benfica contra o Chelsea em Stamford Bridge, o Maxi Pereira foi expulso (algo injustamente, na minha opinião - não pela jogada em si, mas pelo que vinha sucedendo isento de sanção por parte do Chelsea), o David Luiz (meu querido, amoroso David Luiz) chegou junto do ex-companheiro de equipa e deu-lhe uma festa amigável na cabeça.

E o meu pequenino coração derreteu um pouco. É um gesto simples, é; mas é bonito de se ver, como já dizia o outro. Porque amizades há que se mantêm independentemente do tempo e do espaço, de rivalidades e diferenças afins. E porque, bom, fez-me pensar... há homens bons (aparentemente; aguardo prova científica para esta afirmação).

Sendo a minha mente a doidivana de divagação absurda que é, sorri cá por dentro - sorriso daqueles irónicos, pois claro - e pensei com os meus botões (aqueles que estavam no armário, porque na roupa que usava não havia nenhum): "É sempre - sempre - naqueles momentos em que uma pessoa pensa «Ah e tal, interesse no sexo oposto? Ai, isso é que não - agora estou focado(a) é na minha carreira!» que a vida te troca as voltas e te espeta com as provas que precisas para te voltares a deixar ir na parvoeira - ou no amor (há quem lhe chame assim)".

E isto tem tudo a ver com futebol - ou não estará mesmo, de todo, relacionado com qualquer tipo de desporto. Pode ser tudo resultado apenas deste humor particular que tomou conta de mim - ou então, é mesmo da hora tardia. Essa é sempre uma boa justificação.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sei lá

Renée Felice Smith (Nell, em NCIS: Los Angeles)

Devo ter batido com a cabeça, mesmo com muita força. É a única explicação lógica para ter saudades de estar submersa em livros, cálculos, pesquisa, folhas, marcadores, pastas e cadernos sem fim. Saudades de estar constantemente à beira do desespero com o stress todo do Mestrado.
 
 
Mas tenho. Tenho saudades - e muitas. De puts e calls, das 5 Forças de Porter, de estratégias de internacionalização e análises SWOT, de p-values e crescimento económico sustentável (where is it, by the way...?).
 
 
Talvez - apenas talvez - as saudades sejam mais deles do que destas coisas todas que me passam pela cabeça ao ouvir as músicas que ouvi durante meses a fio, enquanto estudava e a minha vida era a Faculdade.

Talvez.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Acceptance*


"Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti; mesmo assim, quero ver-te sorrir. E se perder, vou tentar esquecer-me de vez, conto até três, se quiser ser feliz...".


*noun: "willingness to tolerate a difficult or unpleasant situation; a person's assent to the reality of a situation, recognizing a process or condition (often a negative or uncomfortable situation) without attempting to change it, protest, or exit. The concept is close in meaning to 'acquiescence', derived from the Latin 'acquiēscere' (to find rest in)".

segunda-feira, 26 de março de 2012

Reality bites you in the...

Tea%252band%252btissues_large

Já estou como o Garfield: odeio Segundas-feiras. Especialmente Segundas-feiras que vêm a seguir a uma noite em branco, bem juntinhas a uma gigantesca gripe, quando temos de estar a trabalhar o dia inteiro.

E o cão ladra, mas a caravana passa...