Talkin' about love is like dancin' about architecture... but it ain't gonna stop me from trying.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escaping reality

de we heart it
Precisava de poder carregar no botão de Stop ou pelo menos de Pause, como nos Discmans ou Walkmans. Ou vá, para ser deste século, como nos iPods.

É que a este ritmo, com tudo a acontecer ao mesmo tempo, está a tornar-se bastante difícil conseguir manter-me a par - até, diria eu, conseguir manter-me à tona da água.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Limbo

Anne Hathaway
Lembro-me bem da sensação que tive quando não andava à procura de algo (ou alguém), quando não acordava todos os dias a pensar numa pessoa em específico, quando tinha sido essa pessoa o meu último pensamento antes de adormecer.

Sei bem como é não sentir o coração agarrado a algo (ou alguém), um desejo jamais realizado, uma esperança efémera, um querer desmedido numa incessante procura que nunca alcança o seu objectivo. A leveza de uma pena no peito.

Gosto de como me sentia tão eu, tão verdadeira a mim mesma e tão completamente eu só, sem pensar em alguém como uma outra parte de mim, sem sentir também meus planos, desejos, gostos e ideais de outrem - nem que fosse em parte apenas.

É para onde caminho agora. É isso que procuro neste momento: voltar a mim, a mim só, sem procurar ou desejar algo (ou alguém) que não consiga alcançar por mim apenas. Deixando-me levar pela vida, fazendo a minha vida - vivendo a minha vida, na verdadeira acepção da palavra. Ainda não estou lá - aliás, sinto-me bastante distante.

E o que me leva um pouco da minha sanidade a cada dia que passa é somente este limbo de querer empurrar-me em frente rumo ao meu caminho, quando tenho de arrancar do coração o que insiste em lá ficar, num caminho que é o dele - e jamais o meu.

domingo, 30 de outubro de 2011

Extra

Leighton Meester e Chace Crawford (Blair e Nate, Gossip Girl)
A minha hora extra, ganha com a mudança para o horário de Inverno, acabou por ser dispendida não a dormir, não em ronha de Domingo (aliás, sono foi coisa que passou pouco por aqui nas últimas 48 horas), mas a falar com o melhor amigo à face do planeta.

E tudo o resto perde a importância. O que conta mesmo é que tenho um amigo que faria tudo por mim e por quem eu faria tudo. E isso vale mais do que o Mundo, vale por uma vida de desilusões com as pessoas e vale por sabermos que um susto num bom dia mau não foi mais do que isso mesmo - um susto, um susto que abriu muitas portas e derrubou muitas barreiras.

Porque continuamos a ser nós, ainda que muito diferentes e mais próximos do que nunca.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A good bad day

Leighton Meester
Hoje, na minha cabeça eu pareço a Leighton Meester*. Portanto o resto perde um bocadinho de importância: é que há um pouco de Blair Waldorf em mim.


*tenho noção da realidade e sei que não me assemelho minimamente; mas são bolhas de imaginação que se criam quando o que tem que ser tem muita força.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amores impossíveis?

Leighton Meester e Ed Westwick (Blair e Chuck, Gossip Girl)
Se um amor é dito "amor impossível", continua a ser tecnicamente amor? Se é unilateral, se não é correspondido, se há uma outra relação de (pelo menos) uma das partes, se não há entrega total, se é vivido na base das dúvidas e da ansiedade... é amor à mesma?

Ou será que isso deveria receber o nome de um outro qualquer sentimento? (De momento, assim muito rapidamente, ocorreu-me a palavra "masoquismo". Por nenhuma razão em especial, claro.)

Amor que é amor... não é suposto saber bem? Trazer felicidade, paz de alma, conforto e alegria?

Não sei, mas gostava de saber. Porque inclino-me a dizer que não, que amor naqueles termos ali em cima não é realmente amor e que sim.... amor que é amor é para trazer felicidade desmesurada, de nos levar aos céus e fazer as coisas mais tolas, só em nome dele - em nome do Amor.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Stupid Cupid



Ficar acordada até às 4 da manhã a tentar resolver os problemas amorosos dos outros já não é para mim. Muito menos quando tenho demasiadas coisas para fazer no dia seguinte (e que belo dia de praia que não deve estar neste feriado...) e me tenho de levantar bem cedinho.

O resultado, esse, é uma manhã muito pouco produtiva e uma fantástica dor de cabeça a acompanhar-me. Tenho de aprender a dizer que não quando tenho mesmo que dizer que não.

Até porque agora ninguém vai trabalhar por mim. Ou brincar ao Cupido para mim - e como eu precisava disso!


O que não se faz pelos amigos... e pelo nosso estúpido coração.

sábado, 1 de outubro de 2011

Recomenda-se

Daqui
Naquelas fases de muito stress no trabalho, ou de amores impossíveis, ou de a-minha-mãe-dá-comigo-em-doida ou até de pura e simples neura não-diagnosticada (ou mesmo de todas estas opções juntas), recomendo vivamente uma massagenzinha de corpo inteiro. Elas existem por aí a preços muito acessíveis e saem de lá a sentirem-se como novas. Se forem com companhia (possivelmente outra do que a-mãe-que-dá-comigo-em-louca), ainda melhor.

Ou então limitem-se a uma ou duas partes do corpo e dêem a massagem a vocês próprias, em casa (estamos em crise, afinal de contas): não há igual à sensação de relaxamento das mãos e dos pés após uma boa massagem. E essas são tão fáceis de darmos a nós próprias...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Universo anda mesmo a brincar comigo... Engraçadinho.


Paris. Com esta música. A sério...?

Not funny.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Há 892 km atrás*

Ed Westwick e Leighton Meester (Chuck Bass e Blair Waldorf, Gossip Girl)
Continua a fazer-me confusão como é possível alguém mudar absolutamente de sentimentos do pé para a mão, 180º no espaço de meros dias, um dia "amo-te" outro dia "não quero saber de ti". Ora é uma paixão perdida, ora se deixa tudo como se nada fosse - o tempo, a distância, um algo-que-nem-sei-bem-o-quê.

As coisas mudam e os sentimentos também. Mas se mudam de um dia para o outro, sem qualquer motivo relevante adjacente... será que alguma vez existiram, será que alguma vez foram reais?

Anda-se a brincar demasiado aos sentimentos. E dessa brincadeira há sempre alguém que sai magoado.


*porque ainda que muita coisa mude, ainda que muitos sentimentos não sejam explícitos ou demonstrados, o sentimento mais importante - a amizade - continua lá. E esse, esse é para manter (assim o espero).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nem 8 nem 80

Eu sei, eu sei que fui ligeiramente mázinha; sim, sei bem que não precisava de ter dado aquele desprezo e um "chega-para-lá" tão geladinho. Mas, posso ser sincera e dizer que me soube realmente bem?

Naughty, naughty girl. Ou talvez tenha sido só para ver se a mensagem passa: não sou o Exterminador Implacável, mas também não sou propriamente a Madre Teresa de Calcutá.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Saudade

Dianna Agron e Mark Salling (Glee)
O meu palerma foi-se embora. Vai para fora um ano. Talvez não fosse o meu maior confidente, talvez não fosse o amigo com quem passava efectivamente mais tempo; não era um dos três estarolas, não era de hábitos de telefonemas a altas horas da noite ou de mensagens constantes a toda a hora.

Mas é o meu palerma. Aquele amigo com quem é fácil falar, com quem as coisas não têm de ser sérias demais, com quem muito gozo e parvoeira sabe bem e surge naturalmente. Aquele amigo melga e a quem nós adoramos melgar, que tem mil e uma paixonetas que mudam à velocidade da luz, que tanto nos faz rir como nos faz chorar, que tantas vezes tem uma palavra sábia, e com quem, independentemente de tudo o resto, sabemos que podemos sempre contar.

Foi-se embora, e foi com lágrimas nos olhos, tal e qual como eu aqui fiquei - de lágrimas nos olhos. A sentir que sem ele nada é bem a mesma coisa, que ele me vai fazer mesmo muita falta e que, sem ele, o meu dia-a-dia perde muito do seu lado cómico. Daqui a um ano, ele volta.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Antítese

Mischa Barton, Benjamin McKenzie e Adam Brody (The O.C.)
Os três estarolas chegaram ao fim. Talvez já há muito tenham acabado, mas dentro de mim continuava aquela ânsia em agarrar-me cegamente à crença de que não, de que nós, os três estarolas inseparáveis, continuávamos e continuaríamos a sê-lo.

Não o somos mais. Porque há muito que não estamos os três juntos, como antes era tão natural; porque daqui e dali surgiram sentimentos que, em não se lidando com eles, vão corroendo e enfranquecendo tudo o resto aqui e ali, cansando o coração.

Ele que talvez gostasse de mim, eu que de certeza gostei (gosto) dele - o outro ele, formando uma espécie de triângulo demente numa qualquer ironia extenuante. Nunca tomámos a direcção certa, nenhum de nós os três, acabando por seguirmos caminhos algo diferentes porque a vida por aí nos levou, mas também porque nós assim (consciente ou inconscientemente) o escolhemos.

E eu no meio, estando com um ou com o outro, na mesma amizade acriançada de sempre, pergunto-me se o conforto que sinto ao falar com o primeiro não o magoará a ele, e sentindo-me sufocar de cada vez que estou perto do segundo, por muito que o deseje - porque nunca estarei com ele da maneira que queria e isso torna-se cada vez mais claro.

Mudámos. A amizade mantém-se, algures, meio tímida. Continuamos, no fundo, a ser os três estarolas; só já não sabemos bem como sê-lo. Talvez, por algum golpe afortunado do destino, aprendamos a fazê-lo; até lá, continuamos assim, balançando sem ali estarmos, mas sem saber como nos afastarmos.

domingo, 14 de agosto de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

(definitivamente) a definição perfeita de amor

Mischa Barton e Ben McKenzie (The O.C.)

«Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquele egoísta, possessivo e infantilóide.

Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres».

Martha Medeiros


(tinha mesmo de roubar isto à Haiokas, daqui)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

(des)avarias

Anne Hathaway

Não detestam quando uma coisa que vocês têm começa a não funcionar a 100%, mas depois até que sim, que continua a funcionar bem... para depois subitamente deixar de um momento para o outro de funcionar de todo, ainda que 5 segundos antes estivesse a funcionar na perfeição (pelo menos durante aquele bocado)?

Pois, eu detesto isso com toda a fibra do meu ser. Muito em especial quando me apercebo que, mais do que aplicável ao meu rádio de 14 anos, isto é uma metáfora demasiado fiel de outros parâmetros da minha vida.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

São filmes


Dar um passo atrás, retirarmo-nos do enredo e observarmos de fora por uns momentos pode ser crucial para percebermos em que ponto estamos.

E, ao fazê-lo, pode acontecer que tenhamos finalmente noção de que o filme que pensáramos encerrar há já algum tempo é afinal uma longa-metragem que ainda vai a meio; e que quem julgaramos ser o actor principal, não passou de um (óptimo) actor secundário cujo único objectivo foi elucidar a heroína sobre a importância do cabeça de cartaz. Mesmo que meses e meses se tenham passado; mesmo que as impossibilidades do Passado se mantenham, tal e qual.

As coisas são como são. E, por vezes, o melhor a fazer é mesmo afastarmo-nos, clarear as ideias e concentrarmo-nos em sermos nós próprios.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chuva quente


Sonhos são sonhos, mesmo aqueles que são sonhos reais. Alguns concretizam-se, outros não. Outros andam na nossa cabeça apenas para termos algo a que nos agarrar quando o Mundo à nossa volta se torna um bocadinho complicado demais. Não raramente, estes últimos esfumam-se quase tão rapidamente como começaram. E deixam um gosto agridoce, uma vontade de voltar atrás, um desejo de pedir só mais um minuto, só mais um abraço, só mais um beijo.

Sonhos são sonhos; e, por vezes, o melhor mesmo é deixá-los ir.

sábado, 30 de abril de 2011

Conto de fadas(?)

Duque e Duquesa de Cambridge (Príncipe William & Kate Middleton)

Do casamento real, o que tenho mesmo a dizer é: acredito. No Príncipe William e na Kate Middleton (ou Duque e Duquesa de Cambridge) é impossível não acreditar, depois de ver a maneira como olhavam um para o outro. Intimidade, confiança, cumplicidade. Carinho, adoração, amor. Dava para ver isso tudo no olhar de ambos.

Portanto, quando oiço falar deste casamento como um "conto de fadas", revolto-me e bato o pé: então quando me dão uma prova real e efectiva de que o amor existe e de que histórias de fazer sonhar não são, afinal, apenas imaginação... dizem-me que é tudo faz-de-conta, um conto de embalar?

Não, não; lamento. No William e na Kate, eu acredito. E assim, por aqui vou ficando, (ainda) a acreditar que um dia também terei o meu Príncipe Encantado a olhar-me como se eu fosse o Mundo inteiro para ele*.


*e alguém reparou que quando a Kate chegou ao altar, o Príncipe lhe disse, discretamente, "you're beautiful"? Amoroso.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Totalmente verdade


Não se resume apenas a uma pessoa; infelizmente, já passei por essa situação algumas vezes. Simplesmente, por vezes, há determinadas pessoas que não se encaixam na nossa vida, independentemente do quanto o queiramos e do quanto lutemos por isso. Aliás, o tempo e as experiências passadas deram-me a ligeira impressão de que quanto mais tentamos, mais pioramos toda a questão.

Ainda agora, há alguém em especial que desejava muito, muito mesmo que continuasse a fazer parte da minha vida no futuro. Porém, sei que o mais provável é que a curto-prazo a pessoa em questão saia silenciosamente da minha vida, tão silenciosamente como entrou. E vou ter saudades, claro que vou; e fiz e faço para que esse cenário não se realize. Contudo, sei perfeitamente que isso tudo só me levará até certo ponto. O resto não depende de mim. E talvez nem dependa dele. Depende de mais, de muito mais e de algo muito maior do que nós os dois.

Simplesmente, nem sempre as pessoas se encaixam na nossa vida, não porque não queiramos (antes pelo contrário), mas somente porque a vida é assim. E eu aprendi a resignar-me e a acreditar que, se assim é, há indubitavelmente um óptimo motivo para tal, mesmo que nem sempre seja óbvio à primeira vista e por muito que magoe.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Palavras, (por vezes) algo mais


Tenho uma colecção infidável de frases que me vão ressoando na memória de tempos a tempos. De filmes, de poemas, de músicas, de livros ou de séries de TV; palavras que me ficaram.

Quis colocá-las todas num mesmo cantinho e, ao mesmo tempo, partilhá-las; daí, criei este espaço, que conto ir actualizando com regularidade. Simplesmente porque, por vezes, é mais fácil expressarmo-nos através das palavras de outrem do que pelas nossas próprias palavras.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Há dias assim

Zooey Deschanel
Em que o trabalho corre às mil maravilhas, em que acordamos às 6:30 da manhã e nem parece assim tão mau, em que apesar de estarmos com imenso sono nos sentimos bem, em que gostamos do aspecto do nosso cabelo, em que temos momentos de criança e de riso puro com os nossos irmãos, em que ele nos abraça e nos dá um beijo que nos sabe pela vida, em que (re)descobrimos a intimidade profunda que temos com um amigo, em que conduzimos de janela aberta, música a tocar no rádio e o vento contra a nossa face... e em que tudo parece perfeito.

Há dias assim. E ainda bem.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

.


Hoje, ele apenas, assim. A fazer valer num momento um dia que seria para esquecer. É como voltar a respirar.

«A hug is like an emotional Heimlich».

sexta-feira, 25 de março de 2011

Hoje acordei assim


E até que gosto de me sentir assim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O que não caiu

Mischa Barton e Adam Brody

Hoje voltei a ter o meu amigo. Hoje, finalmente, depois de tanta estranheza, tanta aspereza, tanta frieza sem eu descortinar motivos... o meu amigo voltou. Igual a ele próprio, sorridente e acriançado, um estarola, um outro da vida airada.

Hoje o meu amigo voltou. Não sei se com tudo ultrapassado, nem se para ficar... mas hoje (ainda que talvez só por hoje), estive outra vez com o meu amigo. Talvez por termos esquecido, por hoje, o que um talvez quisesse e o outro não queria; por termos esquecidos outros que entraram na vida de um de nós.

Talvez tenha sido só por hoje, ainda que eu espere que não. Porque o meu amigo... o meu amigo fazia-me falta.


(e sim, hoje o Governo caiu. E com todas as implicações - graves - que daí advêem... lamento, mas hoje o dia é do meu amigo).

segunda-feira, 21 de março de 2011

Equinócio de Primavera


Cheira a Primavera, e (apesar da quantidade avassaladora de estudo e dos dias de clausura auto-imposta), gosto disso. Gosto tanto.

Talvez por este Sol e este cheiro a flores me relembrarem de que, muito além das nuvens que passam pela nossa vida, o que nos fica na memória acaba sempre por ser os momentos luminosos que outrora vivemos.

E eu, eu gosto disso. Gosto tanto.

Olá, Primavera. Já tinha saudades tuas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Causa e efeito*


A respeito deste post, hoje cheguei a uma conclusão; talvez ainda não tenha descoberto a resposta relativamente à humanidade em geral, mas começo a juntar alguns dos motivos pelos quais quanto eu mais gosto, mais eu fujo.

- Porque ele me apareceu do nada, cresceu silenciosamente do nada e me preencheu o coração desta maneira, do nada;

- Porque ele é como muitos poucos rapazes ainda são hoje em dia. E eu gosto (tanto) disso;

- Porque ele me me faz pensar em e me transporta para o futuro, por uma qualquer razão misteriosa que ainda não consegui descodificar;

- Porque quando ele me toca, por mais ao de leve que seja, o meu raciocínio dispersa-se instantaneamente;

- Porque ele (quase) me faz voltar a acreditar (ou, pelo menos, a querer voltar a acreditar, muito, muito);

- Porque ele me relembrou como pode ser bom sentir-me assim, depois de ter estado dois anos adormecida ou mergulhada em angústia.

E isto... isto assusta. Ele, ao mesmo tempo que só me faz querer estar bem junto a ele, assusta-me. E nesta batalha muito pouco lógica ou racional, nem sempre ganha a parte de mim que eu gostaria.


*obrigada à Carol pelo comentário neste post, que ainda mais me instigou a escrever sobre isto novamente.

domingo, 13 de março de 2011

Limpezas e arrumações


Devido a uma enorme incapacidade de olhar para todo e qualquer material relativo ao meu Mestrado durante pelo menos umas horas, e também devido à ainda maior incapacidade de organizar certos e determinados aspectos da minha vida, atirei-me de corpo e alma às limpezas e arrumações.

As restantes vertentes da minha vida continuam certamente caóticas, mas o meu armário, esse está um mimo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Perhaps, perhaps, perhaps


Olivia Wilde
Talvez um dia possa contar com ele quando tiver um daqueles dias para esquecer. Talvez um dia tenha alguém com quem possa barafustar sobre tudo o que me apetece, sem ter de sentir medo que essa pessoa vá virar-me costas no segundo seguinte. Talvez um dia tenha um abraço reconfortante quando mais preciso. Talvez um dia lhe possa ligar só para ouvir a voz dele do outro lado da linha, só para o ouvir dizer que tudo vai acabar por ficar bem.

Talvez, um dia. Um dia que não hoje.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Nonsense


Ainda alguém me há-de conseguir explicar porque é que o ser humano, quanto mais gosta, mais foge. Ou, pelo menos, porque é que eu, quanto mais gosto, mais fujo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Da amizade e de tanta coisa mais

Benjamin McKenzie, Mischa Barton e Adam Brody (The O.C.)
E por uns momentos de pura descontracção, de infantil parvoíce, voltámos a ser os três estarolas, os três da vida airada, tal e qual como éramos antes de tanta coisa ter mudado, de a vida nos ter levado por caminhos algo diferentes.

Naquele momento, senti que nada teria de mudar efectivamente entre nós só porque nós mudámos. Porque o que mudou em nós os três, não mudou um simples facto: somos amigos, os três estarolas, os três da vida airada. No matter what.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sinais

Por uma raríssima vez, ela apanhou todos os semáforos verdes a caminho de casa. E, com um suspiro profundo, ela não conseguiu impedir-se de ver tal acaso como um bom presságio: tudo iria correr bem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Só um momento


Com muito pouco descanso e uma necessidade enorme de dormir, fico aqui. Sem saber muito bem porquê, sem perceber de todo porque não me levanto e vou para a minha cama, que já chama por mim.

É que neste dia muito, mas mesmo muito complicado, no meio de tantos sentimentos negativos... Há uma parte de mim que se sente profundamente grata por ter cometido a tontería mais recente. Porque essa tontería, apesar de o ter sido, acabou por me proporcionar o melhor momento deste dia caótico.

E isso ninguém me tira.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tonterías


Não gosto quando mais parece que perdi completamente o juízo e tenho momentos de absoluta paragem cerebral.

Depois fico a passar vezes e vezes sem conta o acontecimento na minha cabeça, sem querer acreditar que fui tão parva e que não me deixei estar quietinha no meu canto.

(Não devia ter falado com ele. Muito menos da maneira insegura, à menina colegial, como falei).

Sou ridícula.

Um pequeno conselho...


Nunca, mas nunca façam trabalhos manuais com outra pessoa num ambiente de descontracção e total liberdade de espírito.

Regra geral, dá sempre mau resultado. E não me refiro a acidentes físicos, do estilo de cortar um dedo com um x-acto ou espetar um lápis afiado em local indevido. Não. Os acidentes a que me refiro são de outro nível.

Trata-se de todo um outro desenho.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

De outra época


Em dias menos bons, gosto de ir ao café ao fundo da rua, tirar cinco minutos para me desligar do meu mundo e observar o Mundo em meu redor. A beber a minha bica, naquele ambiente muito próprio de um café que existe há décadas.

Faz-me sentir bem quando passo as portas daquele café e parece que entro noutra época. Numa época em que ainda existia cortesia e boa-educação, maneiras polidas e um "bom dia" bem disposto, ou um "menina" ou "senhora" (curiosamente, gosto mais quando me tratam pelo primeiro). Em que um "Diga" arranhado é substituído por um "Que vai desejar?" e um olhar nos olhos.

Um sítio em que as pessoas se conhecem, em que os clientes são clientes há anos, em que histórias são trocadas; um sítio em que, talvez a um nível muito reduzido e escasso, um sentimento de bairro local e de comunidade ainda vai persistindo no meio de uma cidade cada vez mais impessoal e egocêntrica.

Em dias menos bons, gosto de me relembrar que nem todo o Mundo, nem o meu nem aquele à minha volta, é preenchido por pessoas pouco dignas. Em dias menos bons, gosto de me recordar que em todo o Mundo, no meu e naquele à minha volta, ainda há pessoas com coração.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Talvez

Zooey Deschanel
Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe acaricia os cabelos quando ela está doente. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe dá a mão quando ela tem medo. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe promete que tudo vai ficar bem, quando tudo parece mais negro. Nunca fui a rapariga que tem o namorado que lhe compra chocolates quando ela está com o período. Nunca fui a rapariga que sabe que, independentemente da gravidade do que aconteça, sabe que pode sempre contar com o namorado para desabafar. Nunca fui a rapariga que tem um apoio certo, seguro e a salvo de tudo o resto.

Talvez por isso tenha acabado por me tornar tão forte. Talvez por isso, por vezes, me sinta tão cansada e decepcionada perante a vida. Talvez por isso seja mais independente do que pareço à primeira vista. Talvez por isso tenha aprendido a cuidar de mim, por mim própria, comigo própria e com mais ninguém. E, talvez por isso, quando eventualmente um dia tiver esse apoio certo, seguro e a salvo de tudo o resto, lhe saiba dar o devido valor, ao contrário de muita gente que é incapaz de ver que tem o melhor do Mundo mesmo à sua frente.

(E talvez por isto tudo também me dê fornicoques quando penso que existe um dia marcado para expressar o nosso amor por alguém. Muito sinceramente, se é preciso um dia para o expressarem… então não é Amor).

domingo, 30 de janeiro de 2011

Meant to fly

Mischa Barton e Ben McKenzie (The O.C.)
E dói, dói muito de apertar o coração, descobrir em meia dúzia de dias algo que nos traz de volta à vida e que sabemos, logo à partida, que nos será arrancado das mãos. Das mãos e do coração.

Há momentos de sonho (não sempre) que nos surgem quando mais deles precisamos. Às vezes vêem para durar, para ser o início de algo mais; outras vezes, vêem fugazes, para completar o seu papel e voarem de seguida, desaparecendo tão subitamente como surgiram, deixando apenas memórias perfeitas e um vazio (daqueles de apertar a garganta e cortar a respiração) no coração.

Quando assim é, nada mais há a fazer senão aguentar aquelas lágrimas nostálgicas e teimosas, olhar decididamente em frente, relembrarmo-nos que temos o nosso caminho à frente. E que tivemos um desvio mais-que-perfeito da nossa viagem esperada, desvio esse que foi o mais incrível dos sonhos (um sonho destinado a voar).