Talkin' about love is like dancin' about architecture... but it ain't gonna stop me from trying.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Adiando para amanhã, por tempo indefinido*

Emma Watson
Deixar para amanhã até pode ser uma coisa boa. Não sermos precipitados, darmo-nos o tempo para relaxar e arejar as ideias. Só que adiar indefinidamente pode, muitas vezes, ser o pior a fazer.

Uma resposta é sempre uma resposta, boa ou má. E abre o caminho para a frente. Nas dúvidas, nas perguntas não colocadas, ficamos sempre no mesmo sítio.

Passei um ano a adiar. Isto da última vez. Antes já tinha estado ao longo de dois anos (mais coisa, menos coisa) a dizer a mim mesma que no dia seguinte é que era, que punha um ponto final naquilo. Que ou dizia o que sentia e arcava com as consequências, ou passava para outra de uma vez por todas.

Nunca, mas nunca cheguei a esse ponto final sem lidar de frente com o assunto. Porque seja um sim ou seja um não, essa resposta é inevitavelmente a chave para eu abrir a porta para algo novo. Sem ela, vou até ao fim do Mundo para inventar todos os argumentos que me vão mantendo ali, dia após dia, sem qualquer alteração - a continuar a dizer a mim mesma que amanhã é que é, que ele vai finalmente ver o que está diante dele. Ao fim e ao cabo, não ter uma resposta é sempre uma possibilidade de um "sim" - e é isso, aliado ao medo de ouvir um "não", que sempre, mas sempre me manteve à espera.

Por saber que não consigo continuar em frente sem uma resposta (nem que seja a minha resposta - sincera - a mim mesma), prometi solenemente nunca mais andar a adiar assuntos pendentes deste género por mais tempo do que o estritramente necessário. Gosto demasiado de mim para me submeter a isso novamente.


*inspirado pelo post da S*, este aqui. Mesmo que ela não estivesse a falar de nada disto que para aqui falei... foram as palavras dela que me inspiraram.

1 comentário:

S* disse...

Nem deves adiar... as coisas não vão resolver-se melhor porque as adiamos mais um ou dois dias. De todo.